quarta-feira, 29 de julho de 2009

Em manutenção


Mudança concluída. Faltam ajustes, como internet em casa... o que dificulta a postagem. Deixe recado após o sinal que depois eu volto.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

No túnel do tempo


Vendem-se sonhos (crônica publicada há muuuuuuuuito tempo, na Folha):
Uma coisa sempre me fascinou: o carro do sonhos. Quando criança, na cidade interiorana em que nasci ou no Norte do Estado- quando passava férias com a família- escutava encantada o carro dos sonhos passando. Que tantos sonhos o carro anunciava. De castelos, de fadas e príncipes. Por alguns trocados era possível levar para casa uma nuvem de poesia. Uma montanha de desejos. Voar entre as árvores sem despertar. Um sonho de contos de amor, regado pela inocência das histórias infantis. E ao dormir, sempre um final feliz, garantido pelo carro que passava.
E os carros eram sempre coloridos, acho. Mantinham o porta-malas aberto para caber tanta esperança e magia. ''É o carro dos sonhos que está passando''. Às vezes eram kombis. Daí a imaginação corria solta: os sonhos deviam ser maiores. Escalar o céu e embalar a noite, dormir um sono calmo. Queria logo que chegasse a noite, quando o carro dos sonhos passava. Tinha o carro (ou a kombi) da pamonha, mas esse só servia para aplacar a fome ou a vontade de comer. Bom mesmo era o carro dos sonhos. Esse sim, garantia a felicidade.
Outro dia, nas ruas tumultuadas do centro de Curitiba, escutei um carro dos sonhos passando. Disputava um lugar no trânsito, mas conseguiu estacionar. No lugar do megafone, manipulado ao vivo pelo motorista, um potente alto-falante instalado precariamente sobre o veículo reproduzia uma voz metálica: ''é o carro dos sonhos que está passando''. A frase era a mesma, mas quando cheguei perto, no lugar da magia, vejam só, distribuídos em caixinhas, estavam pequenos pãezinhos doces, recheados com doce-de-leite, goiabada e nata. Pedi um de creme. E devorei em segundos, meu pequeno sonho de infância.

O dia fora do tempo

Algumas pessoas conseguem ser bem malvadas. Barbaramente malvadas e dissimuladas. Que pena que também são espertas o suficiente pra não deixarem rastros. E que pena que as pessoas que gosto não percebem a trama...Um dia a verdade aparece. Enquanto isso, sigo construindo armaduras para que nada mais me atinja. E como me ensinou meu amigo Alexandre, ontem foi o Dia Fora do Tempo. E é hora de mudar.

Chuva traz nova frente fria


Como se chama?

a tarde aspira o aroma do incenso
a vida dura um tempo
mínima moldura onde flora e transfigura
o que se fez fundo, beijo, iluminura

e como se chama mesmo aquilo que se faz
em nós, nômades em paz na borda de um oásis
a brisa breve valsa sem nenhum alarde
névoa espessa, uma vez desfeita, nunca mais

Ademir Assunção. Mais no

http://zonabranca.blog.uol.com.br/

sábado, 25 de julho de 2009

Domingo de chuva e friiio


Labirinto. Vou ali na sala ver com Helena, pipoca e aquecedor. E lembrar da sessão da tarde.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

hoje


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Fantoches


Educar é uma tarefa difícil. Ingrata eu diria. Dia após dia eu me vejo nessa encruzilhada. Vontade de deixar a menina fazer o que quer só para que eu não me incomode. Já tenho (e estou tendo mais do que deveria) tantos incômodos diários. Mas não é nisso que acredito. Tenho certas responsabilidades como mãe e ficar de olhos vendados certamente não é uma delas. A relação mãe e filha é algo complicado e não é dicífil perceber. Helena me desafia e me provoca, até que eu chegue no limite, para que ambas se exaltem e dêem o braço a torcer, exaustas. Então ela me abraça, me abraça e me abraça e diz que me ama e diz que chora porque sente saudades. E eu tenho que manter as lágrimas do rosto afastadas e ser firme. Porque sou mãe, às vezes mais do só uma pessoa assustada e com medo de toda essa situação. Sou mãe e, portanto, forte. E ao mesmo tempo que me irrito com toda a provocação dela, tenho orgulho. Não quero que ela seja um fantoche nas mãos de outras pessoas. Quero que ela questione as coisas. Mesmo que seja sobre o que vestir (aliás, vestir roupas quentes nesse inverno frio de Curitiba tem sido nosso maior desafio por aqui) e mesmo que isso me leve, diariamente, a uma exaustão física e mental que nem eu consigo descrever. E para mostrar como fantoches funcionam (mesmo que só eu saiba disso) fizemos uma espécie de oficina aqui em casa. As férias não acabam nunca e é preciso muita criatividade. Esse aí em cima,foi ela quem criou, uma fantoche-menina que vai precisar de muito acabamento ainda, mas que vou colocando o processo aqui, aos poucos. Mesmo porque, é preciso sol para secar. E sol é algo raro ultimamente. Mas vamos aos fatos: numa tarde chuvosa, picamos papel higiênico em uma vasilha. Colocamos água quentinha até cobrir (mas sem encharcar), muita cola branca e uma pitada de água sanitária (na verdade substituímos por pinho sol, o único desfinfetante que tinha na casa. Também serve). Só para não mofar despois de seco. Vira uma pasta que a gente coloca sobre um ovo vazio (o conteúdo virou omelete depois, degustado sem pressa pela menininha) e um tubo de cartolina para virar pescoço. O próximo passo é fazer a roupinha e pintar, claro. Mas é uma atividade demorada. Leva dias e aproxima a gente, como uma trégua para difícil e árdua tarefa de dar lições sobre a vida. Espero que ela aprenda sozinha. Sem que ninguém a manipule. Nem eu.

Quarta-feira, 22 de julho, eclipse


"Desmontar a casa e o amor. Despregar os sentimentos das paredes e lençóis. Recolher as cortinas após a tempestade das conversas. O amor não resistiu às balas, pragas, flores e corpos de intermeio. Empilhar livros, quadros, discos e remorsos. Esperar o infernal juizo final do desamor. Vizinhos se assustam de manhã ante os destroços junto à porta:-pareciam se amar tanto! Houve um tempo: uma casa de campo, fotos em Veneza, um tempo em que sorridente o amor aglutinava festas e jantares. Amou-se um certo modo de despir-se de pentear-se. Amou-se um sorriso e um certo modo de botar a mesa. Amou-se um certo modo de amar. No entanto, o amor bate em retirada com suas roupas amassadas, tropas de insultos, malas desesperadas, soluços embargados. Faltou amor no amor? Gastou-se o amor no amor? Fartou-se o amor? No quarto dos filhos outra derrota à vista:bonecos e brinquedos pendem numa colagem de afetos natimortos.O amor ruiu e tem pressa de ir embora, envergonhado. Erguerá outra casa, o amor? Escolherá objetos, morará na praia? Viajará na neve e na neblina? Tonto, perplexo, sem rumo, um corpo sai porta afora com pedaços de passado na cabeça e um impreciso futuro. No peito o coração pesa mais que uma mala de chumbo. "
(Affonso Romano de Sant´Anna")

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ainda, o eclipse



Eu amei esses lugares

onde o sol

secretamente se deixava acariciar.

Onde passavam lábios,

onde as mãos correram inocentes,

o silêncio queima.

Amei como quem rompe a pedra

ou se perde

na vagarosa floração do ar.

(Matéria Solar - Eugénio de Andrade, 1980)

Amanhã

MUMBAI, Índia (AFP) - O mais longo eclipse solar total do século XXI é um momento muito perigoso no Universo, advertem astrólogos, que predizem guerras, atentados, rebeliões e catástrofes naturais.
Fotos de eclipse no Flickr
"Se o Sol, o senhor das estrelas, adoece, então algo de grave ocorrerá no mundo", advertiu Raj Kumar Sharma, astrólogo de Mumbai que se gaba de ter lido nos astros, em 2008, a crise financeira mundial e a vitória presidencial de Barack Obama.
Na próxima quarta-feira, um 'eclipse monstro', segundo os astrofísicos, deixará no escuro durante alguns minutos os territórios de China e Índia, os dois países mais povoados do planeta.
Nestes dois gigantes da Ásia, contos e mitologias se referem ao fenômeno astronômico como um anúncio de boa sorte, mas também fonte de maus presságios.
Sharma, por exemplo, prevê "atentados perpetrados no território indiano pelo grupo (separatista da Caxemira) Jaish-e-Mohammad ou pela Al Qaeda", além de uma terrível catástrofe natural no sudeste asiático.
O astrólogo também acredita que um dirigente político indiano poderá ser assassinado, e que o exército americano estaria ameaçado no Afeganistão, no Oriente Médio e na Europa.
Sem esquecer do Irã e do Ocidente, entre os quais as tensões devem continuar aumentando até uma intervenção militar americana a partir de 9 de setembro. Nesta data, "Saturno passa da constelação de Leão para a de Virgem", e "nestes últimos 200 anos, com cada entrada de Saturno em Virgem, houve guerras", afirma Sharma.
A astrologia dos vedas serve para quase tudo na Índia: desde escolher o nome de um recém-nascido até decidir a compra de uma casa ou montar um negócio.
No evento de um eclipse, alguns hindus (80% dos 1,17 bilhão de indianos) acreditam que os demônios Rahu e Ketu "tragam" o Sol, fazendo com que seja impossível comer os alimentos e que a água se torne impotável.
Mulheres indianas prestes a dar à luz, que haviam programado uma cesárea para o dia 22 de julho, decidiram adiar o parto, informa Shivani Sachdev Gour, ginecologista do hospital Fortis de Nova Déhli.
"É uma crença profundamente arraigada na sociedade indiana. Os casais fazem de tudo para que seu bebê não nasça neste dia", explicou o médico.
Na China imperial, os eclipses eram sinal de catástrofes naturais ou da morte do imperador. Mas estas crenças e superstições não desapareceram.
"A probabilidade de que haja violência ou uma guerra durante um eclipse total é de 95%", indica um artigo do portal chinês Baidu.com.
Siva Prasad Tata, que dirige o site especializado Astro Jyoti, é mais otimista: "não há muitas razões para se alarmar demais em relação ao eclipse. É um fenômeno natural", disse.

Diagnóstico

As bochechas excessivamente vermelhas e umas manchinhas na pele fizeram com que eu a levasse ao médico. Está com "eritema infeccioso", uma doença de criança que eu nunca tinha ouvido falar. Quando os sintomas aparecem, não é mais contagioso e vai embora sem avisar. Mas volta em situações de estresse. Que pode ser qualquer coisa para uma criancinha de cinco anos. Por isso, a máxima é verdadeira: "ter filhos é ter sempre o coração fora do corpo".

Respire fundo

Esperando que máscaras de oxigênio caiam do teto. Nada ainda.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Brócolis





Preguiça de cozinhar... Comprei seleta de legumes picadinhos, incrementei com batatinha e frango orgânico, bati pra fazer creminho pra Helena, que comeu um pratão. Pra dar uma diferenciada, inventei um troço que pode virar hit: alho picadinho refogado no azeite de oliva aromatizado. Cortei apenas as florzinhas do brócolis , pequeninhas, pra refogar junto. Fica um verdinho delicioso de colocar sobre o creme. Pode testar, Ronise.

domingo, 19 de julho de 2009

Carpe diem


Encaixotando a vida


Acho que empacotei meu coração, sem perceber.

Armazém


Não sei se aconteceu ou é uma lembrança que escolhi, mas quando criança, os armazéns de madeira cheio de badulaques e doces de pingo de leite no balcão ajudaram a passar o tempo. Talvez por isso o Armazén Santa Ana, tão distante do meu ambiente de circulação diária, se mostre tão charmoso. O Armazém tem 70 anos e é um dos mais antigos de Curitiba. Fundado pelo ucraniano Paulo Szpack para abastecer os tropeiros que passavam na região do Uberaba, a casa hoje oferece saborosas comidinhas de boteco. Uma polentinha frita crocante por fora e macia por dentro, como manda o figurino, é uma das atrações do cardápio. A terceira geração da família Szpack toca o lugar, com uma animação bem peculiar. Só tem um problema: não tem os doces de pingo de leite. Será que eles ainda existem? Para quem quiser conferir, o Armazém Santa Ana fica na Rua Salgado Filho, 4460.

Santuário de Schoenstatt



Desde que foi construido na Alemanha, o Santuário de Schoenstatt ganhou réplicas em todo o mundo. No Brasil são 10, um em Curitiba, como pouca gente sabe. Fica no Campo Comprido e é um passeio bem agradável.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Próxima parada

Só em duas sessões, no Shopping Novo Batel.

Parque da Mônica















A notícia de que o Parque da Mônica pode fechar fez com que fossemos para lá no primeiro final de semana possível. Eu queria que Helena visse os personagens que me ensinaram a ler, embora não tenha contado isso pra ela. Queria que ela tivesse uma lembrança boa, de uma fase qua anda pra lá de confusa. E claro, me diverti também escolhendo com pessoas muito especiais o roteiro do resto do dia. Conhecemos o Museu da Língua Portuguesa, almoçamos no Mercado Municipal (um dos maiores do mundo), tomamos café na Pinacoteca, tudo com aconchego de família e que a gente só descobre a importância muito tempo depois (mas ainda bem que nunca tarde demais). Mas ver a carinha dela ao ficar pertinho dos personagens do Mauricio de Souza e ouvir os comentários divertidos (-Mãe, a Mônica tem a pele muuuito áspera) valem todo o tempo do mundo.

Depois de muito tempo...


Finalmente aprendi sozinha. Viva a independência!

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Partida


Perdi duas pessoas próximas ao longo da vida. Por duas vezes tive contato com a morte e com a dor e burocracia que ela envolve. Não sei o que é mais triste. Perdi mais pessoas durante a vida. Mas só duas morreram. A morte nos coloca em contato com um estranho lado da vida. Ontem, o pai de uma amiga e colega de trabalho morreu. Não costumo ir a velórios e enterros, mas achei que ela iria sentir conforto ao ver amigos por perto. Sentiu. Hoje fui ver A Partida, o filme japonês que ganhou Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e que trata sobre a morte. O filme é cheio de esterótipos, mas nem por isso perde a beleza. Conta a história de um músico que se aproxima ainda mais da sua arte - e de si mesmo- ao tomar contato diário com a morte. A morte nos aproxima de nós mesmos. Porque morremos um pouco a cada dia.

mar revolto



Tomei (mais uma) decisão difícil hoje. O mar anda agitado aqui dentro.

Tarde



Vou ali ver. Já conto.

Além do horizonte

Eu não gosto de shopping. Cheguei a repetir isso como um mantra, mas nos últimos anos, assim como sobre outros tantos temas, tenho revisto meus conceitos. Pensei sobre isso ontem, quando fui conferir o lançamento da Revista Top View Gastronomia, no Park Gourmet, espaço do Park Shopping Barigui. A proposta do Park Gourmet é reunir boa gastronomia em um ambiente reservado, com horário diferenciado do shopping, mas sem perder as "qualidades" que as pessoas procuram nesses centros comerciais. Vantagens como praticidade, segurança e uma porção de lojas reunidas. Ah, sim, e o abrigo das intempéries. E quando se trata de Curitiba, esse último item é de extrema necessidade. Para quem ainda não conhece o espaço, é uma boa dica. Não tem o charme ímpar dos restaurantes de rua e a iluminação fria dos corredores não deixa esquecer que se está dentro do shopping. Alguns dos restaurantes do espaço, porém, primam por uma arquitetura até aconchegante. O Mediterrêneo, que tem cardápio assinado pela chef Daniela Caldeira, por exemplo, une uma decoração bacana com a gastronomia delicada e deliciosa que já é marca da chef. O Bar do Victor e o Oli Gastronomia também são visita obrigatória para quem ainda não conhece o Park.

Trajeto Lumen

Lulu Santos / Nelson Motta

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
E eu vou sobreviver...
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Web

Depois de Susan Boyle, o fênomero é Kevin Skinner. Procure no youtube e confira.

domingo, 12 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Não há lugar no mundo como nossa casa


Quando Helena tinha uns 3 anos, se apaixonou pelo filme "O mágico de Oz", a versão antiga e maravilhosa do longa. O DVD, comprado numa dessas promoções da Americanas, morou dias a fio no aparelho, a ponto da menina decorar quase todas as frases do filme. Mas tem uma em especial que lembro dela falando, com os olhos fechadinhos, como a Dorothy: "Não há lugar no mundo como a nossa casa". No clássico do escritor norte-americano Frank Baum, Dorothy repete essa frase sem parar, como um encanto para voltar para o Texas, já no final da história. E Helena gostava de imitar a Dorothy numa performance que fazia dos meus olhos, uma cachoeira. Hoje, de folga da Folha, fui conferir um bazar de adesivos de parede que estava acontecendo pertinho de casa. Entrei na loja e fui direto na pilha das promoções e o primeiro adesivo que vejo é exatamente o que tinha essa frase mágica: "Não há lugar no mundo como nossa casa". De mudança para uma nova casa - e nova vida- isso me tocou mais do que nunca. Quero encontrar a minha casa, agora.
Serviço: Ah, sim para quem quiser encontrar outras coisas bacanas no Bazar, tem até amanhã (sábado) pra conferir. A loja fica na Rua Paula Martins, 119. Mercês.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Em andamento


Carne é crime?


Eu fiquei sete anos sem comer carne. Não por seguir nenhuma filosofia ambientalista ou natureba, mas simplesmente porque não gostava. Quando engravidei da Helena, senti uma vontade absurda de comer um bife com arroz e feijão. Antes de saber que tinha um serzinho dentro de mim, não conseguia entender esse desejo inoportuno, mas foi só confirmar a gravidez que parti para a degustação (para ser delicada) do prato. Passei nove meses tendo enjoo de coisas integrais e nunca mais fui a mesma em termos de alimentação. Não sei se tem algo científico nisso. Sei que nos últimos anos, com minha companheirinha carnívora que já está com cinco anos, comer carne já não é nenhum sacrifício. Pelo contrário. É até um prazer. E nós já temos duas churrascarias prediletas na cidade. Uma é a Depósito (Rua Santo Antônio, 680, no Rebouças), que a Helena adora por conta do jardim espaçoso e bem cuidado e dos novos amiguinhos que costuma fazer por lá. A outra, um lugar menos amplo, mas com parquinho para as crianças, é a Churrascaria do Darci (Rua Albano Reis, 1289, no Bom Retiro), que tem uma carne deliciosa e um doce de abóbora de sobremesa de partir o coração e lembrar da infância. São duas dicas legais para o final de semana. Nós duas não estaremos por aqui, mas quem quiser conferir, depois conta pra gente. Ah, sim, a "Vaca Drummond" da imagem é assinada pelos artistas Celso Silva e Alexandre Cardoso e fez parte da edição 2007 do CowParade.

Sem final feliz





Dois filmes que não consegui terminar de ver nos últimos dias. Nunca mais pego filme "24 horas" na locadora...

Dica

Achei (mais um) um lugar bacaninha para comer em Curitiba. É o Villamariantonio, uma proposta da psicóloga, estilista e empresária Andrea Tozato. Fui pra fazer uma matéria para Folha, confesso, sem muita expectativa. Mas me apaixonei pelo lugar. A "vila" é formada por três casinhas que Andrea foi ocupando aos poucos, como me contou. A casa da frente tem roupas, acessórios, objetos de decoração, móveis tailandeses, enfim, uma infinidade de coisas que dá pra perder horas namorando. Na casa de trás, funciona um showroom e um ateliê e na do meio, há pouquíssimo tempo, funciona o Bon Marché, o bistro do ``Seu Luiz´´, padrasto da Andrea. O senhorzinho simpático já foi dono da confeitaria Edelveiss, aquela famosa pelos suculentos bombons de morango. Era promotor de justiça e se aposentou por conta de um problema de visão. Mas não deixou de ver as coisas. E ver longe. Viajou por dezenas de países e decidiu montar aqui um bistrozinho que ele quis e viu as pessoas quererem em vários lugares do mundo. Um espaço que reúne preço camarada e comida gostosa. O restaurante do seu Luiz tem cardápio variado, mas chama a atenção pelo prato do dia: opções variadas a R$ 12,00. Ontem, fomos conferir. Arroz integral, legumes grelhados cortados em tirinhas e um franguinho com molho de laranja delicioso. O seu Luiz nos disse que sexta-feira é um dia especial. Vai lá. A Villamariantonio fica na Rua Gutemberg, 585, quase esquina com a Francisco Rocha.

Confissão


Eu vejo House, e daí? Mas nunca tinha visto o dr. encrenca pintado por Leonardo. Tá aqui ó http://www.worth1000.com/contest.asp?contest_id=23482&display=photoshop.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Compreendendo o mundo


- Mãe, por que tem tanta gente em frente ao cemitério?
- Porque está acontecendo um enterro.
_ De uma pessoa?
- Sim.
_ Mas ela não morreu de verdade, né? a "palma" dela ainda está viva...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Fernando Pessoa


Apontamento

A minha alma partiu-se como um vaso vazio. Caiu pela escada excessivamente abaixo. Caiu das mãos da criada descuidada. Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso. Asneira? Impossível? Sei lá! Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir. Fiz barulho na queda como um vaso que se partia. Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada. E fitam os cacos que a criada deles fez de mim. Não se zanguem com ela. São tolerantes com ela. O que era eu um vaso vazio? Olham os cacos absurdamente conscientes, Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles. Olham e sorriem. Sorriem tolerantes à criada involuntária. Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas. Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros. A minha obra? A minha alma principal? A minha vida? Um caco. E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.

Álvaro de Campos, 1929

Relevância pública

Da minha coluna, na Folha

Imbróglio

A Calvin Entretenimento, responsável, entre outros projetos, pelo Festival de Curitiba, aparece como inadimplente na prestação de contas dos projetos apoiados pelo Ministério da Cultura. Os projetos em questão são Teatro Avenida - Ano 2 e 3, que apresentaram uma intensa programação de teatro, dança e música. Só no projeto Teatro Palácio Avenida Ano 2, a Calvin recebeu apoio de R$ 1.479.000,00, registrado com o número 032505, na lei do mecenato. O projeto aparece como inadimplente na diligência de prestação de contas e seu proponente consta como inabilitado.

Imbróglio 2

Questionado sobre a situação da empresa, Leandro Knolpholz, que desde o ano passado assumiu a Calvin, disse que não vê ‘‘relevância pública’’ na informação e salientou que o projeto foi colocado em prática enquanto ele ainda estava afastado da Calvin. O empresário Victor Aronis, que criou a empresa ao lado de Leandro e do ex-presidente da Fundação Cultural de Curitiba Cassio Chamecki, e que está afastado da Calvin desde o ano passado, também foi procurado pela coluna. Ele informou que está ciente do problema, mas que a empresa já apresentou a prestação de contas adequada.

Imbróglio 3

 ‘‘O que pode ter acontecido, é ter faltado alguma nota fiscal, mas já estamos verificando a situação’’, informou Aronis. Ele salienta que a situação da Calvin não deve prejudicar a apresentação de projetos futuros. Nos documentos obtidos com exclusividade pela coluna, no entanto, a empresa aparece como ‘‘proponente inabilitado’’, o que limita a ação da empresa em projetos apoiados com recursos do Ministério da Cultura futuramente, caso a situação não seja resolvida.

Olá segunda-feira


domingo, 5 de julho de 2009

Não dá pra perder


Obrigatório.

Domingo de moqueca colorida


Saudade da mana baiana. Em homenagem, uma moqueca de cação, comprada fresquinha pela Dani, no Mercado Municipal. A receita é simples, o resultado, gostoso. Pra esquentar os dias que insistem em esfriar o coração.
Faça com: 4 postas de cação temperadas com sal e limão, 1 pimentão amarelo. 1 pimentão verde e 1 pimentão vermelho, cortados sem semente e em rodelas caprichadas; 3 tomates vermelhos também cortados em rodelas, sem pele nem semente; 2 cebolas grandes cortadas em rodinhas também; 1 vidrinho de 200 ml de leite de côco; 3 fartas colheres de azeite de dendê. Salsinha e cebolinha.
Para preparar, regue uma panela com azeite de oliva, coloque as cebolas, as postas e vá alternando as camadas dos outros ingredientes. Por último, despeje delicadamente o leite de côco e o azeite de dendê. Deixe ferver com a panela tampada até que o aroma se espalhe pela cozinha. Veja se o peixe está firme e cozido e prove o sal. Acerte, se necessário, e coloque a cebolinha. Coma com amigos.

sábado, 4 de julho de 2009

Roda, moinho

Pega de surpresa, tomada de assalto, quando vi, já era tarde. Deixei ficar no furacão. No olho. No centro dele. E rodava tudo e não saía. Demorou pra ver parar. Roda ainda. Dentro de mim é ciclone. Mas fora, o vento sopra leve. Me vejo de fora e tento dizer, calma. Tento gritar que passa. Mas nem sempre eu escuto.

Em caso de emergência

Quebre aqui... e vamos ver no que vai dar.