sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dia de ornitorrinco


É tão fofo esse bichinho, né?

terça-feira, 27 de abril de 2010

"vai ficar tudo bem"

Outro dia, tentando explicar para um amiga o que era a cuore de cacau, eu disse: "não são apenas chocolates!! Significam "calma, vai ficar tudo bem!". Agora encontrei outra modalidade de frases otimistas nos mini sonhos de doce de leite da Requinte. Não, não são apenas sonhos. É algo como "você duvida que vai dar certo?"

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Status


Me sentindo assim... um tanto

Minúsculas observações diárias


Os braços doíam.
Mais o direito,
usado
em
movimen-
tos
ininter-
ruptos,
para indicar
a entrada
do estacionamento.
Só parava no intervalo do almoço.
Era a hora que ele encostava
a cabeça nos pneus abandonados
e pensava alto.
Um dia seria promovido.
Um dia seria manobrista.

quinta-feira, 22 de abril de 2010


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Correios


A menina tem uma biblioteca vasta e deliciosa. Um dos livros que ela mais gosta (e eu também) é "O carteiro chegou", gentilmente presen-
teado pela Mariângela, em uma de suas visitas ao Brasil. O livro é cheio de cartinhas fofas e envelopes convidativos que não cansamos de ler e reler. Mas percebo que "cartas" e "Correio" são palavrinhas um tanto carentes de explicação hoje em dia. Ou não. Pode ser explicado assim: "carta pessoal é uma coisa que você recebe e faz o teu sorriso aparecer no canto da boca". Como aconteceu hoje aqui em casa.

Pedir é uma arte

Determinada a colocar limites na atenção quase exclusiva que dedico a Helena e a explicar a importância de cada uma ter o seu espaço, decidi realizar uma atividade individual ao lado da menina. Então comecei a ler. Depois de brincar sozinha (3 minutos), de ver tv (2 minutos), de ler um livro infantil (1 minuto e meio), ela começou a resmungar. "Eu não sei fazer nada". E eu, sem tirar os olhos do livro: "Sabe sim". Não satisfeita, ela continuou: "Não sei pintar, não sei desenhar, não sei brincar". Diante da minha impassividade, ela teve uma ideia, mudou o discurso lamuriento e disse: "Mãaae, posso jogar no computador" (a única coisa que ela faz sem exigir companhia aqui em casa). Eu fui enfática: "Não! Está quase na hora de dormir". E logo escutei o chororô: "Tá vendo? Nem pedir eu sei direito!"

Validemos


Na minha primeira experiência com o mundo corporativo entrei em contato com um vocabulário extremamente peculiar. É quase como um outro idioma, que não faz sentido algum se falado fora dali. Amigas mais experientes me disseram que eu utilizaria algumas dessas palavras em um mês, mesmo sem querer, ou não me faria entender. Desconfiada, ainda colocava um "rs" mental a cada final de palavras como "validar" e"alinhar" que escutava. O vocábulo chegou a virar piada interna (interna mesmo. só eu entendia) até que hoje me senti "integrada" depois de tentar, sem sucesso, me fazer entender em uma reunião. Suspirei para concluir. "Tudo bem, vamos "alinhar" isso em uma próxima conversa com os núcleos envolvidos". Acho que fui batizada.

domingo, 11 de abril de 2010

Não se aproxime

Não gosto de sair no meio do filme. Mas algumas obras pedem isso.

Gastronomia branca

Eu não acho que existe crítica gastronô-
mica em Curitiba. Principal-
mente porque os jornais trabalham de forma equivocada. Não há verba para a editoria e as assessorias acabam definindo quem é o restaurante da vez. Fazem grandes coletivas e almoços, convidam os jornalistas em grupos ou individualmente e depois o público pode ver em quase todos os veículos comentários sobre o mesmo restaurante. Quase sempre bons comentários. O jornalista não tem como saber se aquele prato é servido daquela maneira sempre, simplesmente porque o chef sabe previamente que está cozinhando para imprensa. Também por isso, sempre que eu fazia matéria de gastronomia, optava pelo óbvio: contava a história do restaurante, do chef e, claro, da receita. E só. Mas agora, longe do jornalismo diário, sempre que vou num restaurante, boteco ou padaria fico imaginando como seria escrever sobre aquele lugar. Outro dia fui num bistrot na Praça da Espanha. É o lugarzinho da moda da vez: pequeno, charmoso, francês, tem fila na porta e fica no Batel Soho.Também por conta do meu trabalho eu já comi em muito bistrot realmente bacana e posso garantir: a comida daquele lá não é das melhores. Mas a decepção não para por aí. O preço é abusivo. Os pratos são fakes. A carta de vinho é limitada e o pior ainda está por vir. O atendimento é péssimo. Depois da terceira vez que o garçom tentou tirar nossos pedidos e não conseguiu por conta da conversa animada, a dona ou maitre (não consegui identificar), empurrou o cardápio para mim e perguntou se eu já tinha escolhido. Eu disse a ela que ela estava nos pressionando. Discretamente. Ninguém na mesa percebeu. Mas eu acho isso de uma falta de educação e preparo intensa. E não é raro acontecer por aqui. Rende até um outro post somente sobre atendimento. E tem lugares tão bacanas que pecam por isso. A Prestinaria, por exemplo. Não há brownie mais saboroso que o de lá. Pãozinho de queijo menor, quentinho e mais saboroso. Mas quem aguenta aquele atendimento seco, demorado e extremamente amador que tem lá? Eu não... mas quando a vontade do brownie único bate, supero tudo, fecho os olhos e apareço por lá só para jurar que nunca mais vou voltar. Mas pelo menos o produto "paga o crime".

sábado, 3 de abril de 2010

Animais treinados


O dia começou cedo hoje, aprendendo a treinar um dragão. No cinema, claro. Super fofo o filme. Eu chorei várias vezes. A menina, não (ainda bem). Só se divertiu. Depois, almoço com as amigas, brincadeiras, pizza e corrida para casa para arrumar a cestinha para o coelho depositar os ovos. Deixamos um pote de água para ele e eu fui preparar a cenoura, mas tirei a casca. Ela logo me corrigiu: "Mãe! Você não conhece a música? Ele come cenoura com casca e tudo! Não precisa tirar!" Não tirei. Ela dormiu logo, ansiosa para a chegada do coelhinho. Ele veio, deu umas mordidas na cenoura, bebeu toda a água, deixou pegadas pela cozinha e sala até a cesta, espalhou os ovinhos e foi embora, enquanto eu estou aqui... aprendendo a treinar o dragão que mora em mim.