sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pura poesia

Aos sete anos, a menina adora cadernos diferentes e agora está animada porque sabe escrever em letra cursiva. Decidiu escrever poesia e me pediu se eu tinha uns livros pra ela ler e se "inspirar". Tem muitos aqui em casa. Levou pra cama, desde Mensagem, de Fernando Pessoa, até Alice Ruiz, Clarice Lispector e Marquinhos Losnak. Achei demais, eu sei. Mas ela, super interessada, começou a copiar no cadernos algumas frases em manuscrito. Copiou várias, mas eu não podia deixar de notar essa aqui (que de tantos livros que ela levou, nem sei de quem é...):

"MEU ERRO É PROCURAR REPARAR UM ERRO DE AMOR. E UM ERRO ASSIM, TODOS SABEM, NÃO SE REPARA"

Ora, ora...

Engrenagens - porque o mundo gira

Eu escrevi uma matéria para Revista Crescer sobre maternida-de pós-separação. Quem me indicou pra Editoria Globo foi a querida da Nana. Eu não gostei de fazer só porque é um frila e eu adoro trabalhar e escrever. Gostei porque a matéria é em primeira pessoa e me fez pensar em um monte de coisas. Não é fácil ser mãe nem antes, nem durante, nem depois da separação, mas um sorriso, um desenho, um bilhetinho antes de dormir, compensam tudo. Compensam uma vida inteira. Mas depois dessa matéria, muita coisa aconteceu e eu fiquei pensando nas novas configurações familiares. E eu queria escrever sobre isso. Porque acho que tem tanta coisa por trás das coisas que as pessoas falam e fazem que mereceriam algumas matérias inteiras. Mas por enquanto, fico só pensando. Eu tenho uma engrenagem tatuada na minha nuca e acho que ela não para de rodar...Nem a vida... Tá de ponta cabeça agora, mas depois volta ao normal. Né?



sábado, 7 de maio de 2011

Domingo





A foto é do ano passado, mas eu adoro! Feliz Dia das Mães!

Sábado



domingo, 1 de maio de 2011

Fases


Dentro de mim tem uma lua cheia que não consegue mudar de fase. Tudo bem, o céu é logo ali. Para o alto e avante. Então olho pras coisas boas. E tem coisinha melhor que Helena? Mesmo que há alguns meses eu estivesse pensando em procurar o Pai Maneco, Oxalá, Ogum, simpatia, pimenta na cama, reza brava, São Longuinho. Tudo pra ver se a menina dormia sozinha. Eu fazia de tudo, contava história, deitava com os bichos, rezava, fazia teatro de lanterna, mas nada adiantava. Ela insistia em ficar na minha cama. E o pior: só dormia quando eu dormia também. Minhas noites eram insônias constantes. Eu dormia às 22 h, exausta de tentar fazê-la dormir e meia noite acordava para o "terceiro turno": responder e-mails, fazer pesquisas, ver um seriadinho pra distrair... Quando via o relógio batia às 5 da matina e a reprise do House ainda nem tinha terminado. No final de semana, no entanto, encontrei a solução: tremei, mamães! Dei a ela um edredon novinho "autografado" por todos os personagens do High School Music. Vejam, não estou fazendo alusão ao consumismo e nem aos pseudo-cantores chatinhos. Mas ela realmente adora esses meninos. Arrumamos o quarto, tiramos metade das bonecas com bocas riscadas (mania dela quando era bem pequena), colocamos pôsters novos nas paredes, arrumamos os livros e tchamram, edredon e travesseiros novinhos sobre a cama. Resultado? Um delicioso beijo de boa noite, o abajur ligado para a leitura (sozinha) e desligado (sozinha), porta encostada e uma noite inteirinha de sono para nós duas. E duas noites já se passaram! Da minha cama vazia eu penso em mais uma fase que passa. Minha menininha crescendo em seu quarto enquanto a lua brilha lá fora...É nova agora.