segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Férias no interior

Comendo acerola no quintal da casa da vó.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Agora sim


Recesso.

Bonitinho e ponto.



E viveram felizes para sempre

A polêmica de 'A Princesa e o Sapo' fica só na promessa. A nova animação da Disney é politicamente correta e insossa

Nada de piadinhas espertas ou recursos tecnológicos inovadores. ''A Princesa e o Sapo'', a mais recente produção da Disney, aposta na clássica versão tradicional das animações infantis. Tem suas particularidades, mas abusa de uma série de clichês, transformando a primeira princesa negra da história dos filmes da Disney em uma animação politicamente correta e bonitinha, mas que não traz nada de novo no reino dos contos de fada.

O longa conta a história de Tiana e suas peripécias na descoberta do verdadeiro amor. As aventuras da princesa começam com sua busca para realizar o sonho de montar um restaurante. De uma família humilde, ela transita pela alta sociedade acompanhando a mãe, que costura para família ricas. Mas sabe diferenciar o próprio mundo e por isso trabalha, trabalha e trabalha. Até conhecer um príncipe que, na verdade, está prometido para a sua melhor amiga abastada e abobalhada.

Mas o príncipe vira sapo e Tiana, que não é nenhuma princesa no início da história, entra no brejo de gaiata e se transforma em uma rã simpática e até bonitinha. Como é muito mais forte e empenhada do que o próprio príncipe, um boêmio falido apaixonado por música, é ela quem vai conduzi-los no caminho que pode levá-los ao retorno à forma humana.

E nesse ''tortuoso'' caminho eles encontram uma série de personagens fanfarrões, um crocodilo músico, um vagalume apaixonado por uma estrela (e que surpreendentemente tem um desfecho trágico para os filmes infantis da Disney), uma feiticeira cega e muita, muita música da era do jazz e que, traduzidas, não chegam a ser um primor do delicioso gênero. A estética psicodélica presente em várias partes do filme e que pontuam as músicas são, no entanto, um alento para a história arrastada.

Os personagens parecem não ter sintonia entre si e os próprios protagonistas não são dotados de carisma. Juntando todos esses critérios apáticos, o filme marca a volta da Disney aos filmes 2D, na contramão das animações que apostam nos recursos tecnológicos como a terceira dimensão. A polêmica do filme em ter uma protagonista negra (exatamente no ano em que os Estados Unidos elege um presidente negro) não se justifica. As reclamações aconteceram antes do lançamento e forçaram algumas alterações.

O nome original de Tiana, por exemplo, seria Maddy, mas após protestos de que o nome era uma referência pejorativa à escravidão, a Disney decidiu alterar. O filme também teve seu título mudado, já que originalmente se chamava ''A Princesa Sapo''. Tantas concessões talvez sejam o motivo da animação ter se tornado um produto correto e engraçadinho, mas sem nenhum diferencial. O conto de fadas às avessas, prometido na divulgação, se transforma, na verdade, em um historinha bem tradicional, em que só um final conta: o de viver feliz para sempre.

Katia Michelle
Equipe da Folha

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Autorretratos


Meu primeiro emprego foi numa escola, dando aula de artes para crianças. Mas não era uma escola comum. Por acaso, aos 16 anos, eu descobri um universo mágico e um método pedagógico que, obviamente, nunca tinha ouvido falar. A escola Sempre Nova, que já fechou as portas, baseava o seu ensino na pedagogia desenvolvida pelo educador francês Celéstin Freinet. A escola sempre levava em conta as investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento. A partir daí desenvolvia as atividades. Os corredores, salas, pátios e todos os espaços eram tomados por desenhos e pinturas de crianças. Nada de dálmatas ou desenhinhos fofos e limpinhos. Era uma bagunça. Eu gostei tanto daquilo, que desconstruia todo o "Ivo viu a uva" a que eu tinha me submetido, que até cheguei a fazer vestibular para Pedagogia. Passei e frequentei seis meses do curso, mas era tudo muito diferente da Sempre Nova. Parecia que a academia estava anos luz aquém da realidade. Foi uma decepção. Sorte dos alunos, já que eu tive que deixar a escola pra me dedicar aos meus outros planos. O caso é que, quando chegou a hora de procurar uma escola para Helena, eu tinha em mente "aquela" escola. Queria que ela estudasse num ambiente em que a criatividade e o pensamento fossem estimulados. Parece que encontrei essa escola e a cada ano que passa tenho mais certeza disso. Ontem, quando Helena chegou com as atividades do trimestre, fiquei toda emocionada vendo como os conteúdos são trabalhados ao longo do ano. Como um livrinho de autorretratos, catalogado por datas, desde fevereiro. As crianças mesmo conseguem observar sua evolução e constatam como cresceram. De olhinhos discretos no autorretrato do início do ano a este, um dos últimos da série, cheio de detalhes. Uma delícia de acompanhar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Observatório

"Mãe, como é bonito ver o pôr do sol nascer, né?"

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Navegar é preciso

E a menina conta, orgulhosa, que não chora mais. Ficou nove dias na casa da tia, sem chorar. Dorme na casa das amigas e não chora. Briga na escola e não chora. "Mas quando você chora, então?" Não pensa muito pra responder. "Quando precisa".
Oras.

Mãos ao alto


E como faz pra saber o momento certo de abrir a mão, os braços, o coração? E como faz para saber se é hora de abrir mão? Apenas.

Navalha de Occam ou mais simples do que parece


"Navalha de Occam ou Navalha de Ockham é um princípio lógico atribuído ao Lógico e inglês William de Ockham (século XIV). O princípio afirma que a explicação para qualquer fenômeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação do fenômeno e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença aparente nas predições da hipótese ou teoria. O princípio é frequentemente designado pela expressão latina Lex Parsimoniae (Lei da Parsimónia) enunciada como:"entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem" (as entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade). O princípio recomenda assim que se escolha a teoria explicativa que implique o menor número de premissas assumidas e o menor número de entidades."
Ou seja

"Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor"
Será?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ainda não

Ok, confesso. Não consegui terminar tudo a tempo. O que significa mais uma ou duas tardes/noites de trabalho antes das férias oficiais. Mas em casa e em horário a combinar. Menos mal...

Homeless


Já o encontrei algumas vezes e sempre foi de uma simpatia e gentileza excessiva. Ontem, quando estava acomodando a menina na cadeirinha ele se aproximou. Disse que cuidou bem do carro e marejou os olhos me vendo, atento, colocar o cinto de segurança, enquanto conversava amenidades com a figurinha. "Estou com saudades dos meus sobrinhos". "É mesmo?" Perguntei. "Que idade eles têm? " Então começou a falar uma infinidade de nomes, idades e cidades e disse que cuidava e ensinava pessoalmente dos meninos quando era professor. Não tinha um só dente na boca. Mas a encheu para falar do tempo em que lecionava. Enquanto eu procurava a moeda na bolsa, perguntei seu nome. "Celso. É o único nome que tem no dicionário". "E o que significa?", arrisquei. "Alto, elevado, formoso", ´respondeu esquecendo a timidez. Mas logo lembrou como estava, olhou pra baixo e disse: "Não que eu seja assim". Mas era.

Hiperventila

Calma. Calma. O post abaixo foi só um desabafo de um dia ruim. Nem são todos os assessores. Tem muita gente boa trabalhando e a maioria que conheço mantenho uma relação bem bacana e profissional. É que os poucos que incomodam sabem incomodar bem direitinho. E claro, tem o outro lado. Tem muito jornalista sem noção nos veículos. Que se confundem com o próprio cargo e usam o jornal/TV/rádio como sobrenome. Mas isso deve acontecer em todas as profissões, né? Ossos do ofício.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tem dias


Preciso esclarecer uma coisa. Sou jornalista e entrei nessa de coluna social por acaso. Mero acaso mesmo! Nem considero a coluna que escrevo na Folha uma coluna social, aliás, porque eu tenho uma séries de regrinhas que desenvolvi para tentar fugir disso. Dentro do que a empresa aceita, claro. Porque sou funcionária. Não existe essa coisa de jornalismo livre, por sinal. Não com carteira assinada. Mas isso nem de longe me incomoda. Nem de perto. O que me incomoda mesmo é a incompetência de alguns coleguinhas e de alguns assessores de imprensa. Tem muita gente boa no mercado. Mesmo. Mas tem dias que os que são ruins incomodam. Tem dias que acho graça, mas tem dias que tenho vontade de explicar algumas coisinhas. Um dia explico. Quando o humor melhorar.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Atrasada

Vou ali ver e já volto.

Galeria

CIANORTE GANHA GALERIA DE ARTE (das minhas tias queridonas)

Inauguração será neste sábado; cultura vibrante é marca das comunidades mais ativas, diz a proprietária.

Será aberta neste sábado, às 20h, em Cianorte, a SUMÉ GALERIA, a primeira galeria de arte da cidade (Rua Constituição nº 189, sala 02). A primeira exposição individual é da artista pernambuca Célia Medeiros de Araújo (1948-2009), que assinava seus trabalhos como Cemear. A galeria também exporá pequenos desenhos dos modernistas Guignard e Rebollo e do muralista Carybé.
As proprietárias da galeria são Eliane Medeiros e Lucia Medeiros. Segundo Eliane, uma comunidade só mostra sua vitalidade e sua vibração humana quando tem uma vida cultural também vibrante. “Vamos tentar manter a galeria, mas sozinhas não conseguiremos. Precisamos do apoio de todos”, dizem. Elas pretendem organizar novas mostras até o início do ano que vem, em especial de artistas de qualidade da região.
Nascida em Caruarú, Pernambuco, a artista Célia Medeiros de Araújo morreu em novembro em Cascavel, no oeste do Paraná. Era uma das 11 filhas de migrantes nordestinos que chegaram ao Paraná pouco antes da geada de 1965. Sua pintura tem características de arte naïf brasileira, ingênua, com temas sertanejos, paisagens e retratos.
Como nos procedimentos da pop art norte-americana, ela fez vários retratos de sua própria mãe, Eulina, em cores diferentes, e enviou para os irmãos pelo correio. Pintava como hobby, para relaxar, mas, por intuição, irmanava-se com o trabalho de gente como Heitor dos Prazeres, Cardosinho, Ivonaldo, Jose Antonio da Silva, Paulo Pedro Leal.
Naif quer dizer ingênuo, puro, o primeiro estado de uma coisa, seu estado natural. Não se trata de uma arte institucionalizada, mas é possível encontrar elementos de ligação entre seus artífices.
Conhecia bem as cores da pintura naif nordestina, e tinha o Nordeste incrustrado em sua pele. Não o Nordeste seco, estéril, lamentoso, mas um Nordeste colorido, verde, vibrante. Suas cores são as mesmas cores que estão no artesanato das Irmãs Cândido, na poesia de Patativa do Assaré, nas canções de Zé Ramalho.
A mostra também terá trabalhos de dois expoentes do modernismo brasileiro, Alberto da Veiga Guignard e Francisco Rebollo, um de ascendência italiana e o outro espanhola. São um desenho e uma aquarela em pequenas dimensões; A outra obra é um desenho de Carybé.
Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) ficou conhecido como o pintor que espetava igrejinhas nas montanhas de Minas Gerais. É um dos mais valorizados artistas nacionais.
O artista plástico Francisco Rebollo Gonzales, conhecido como Rebolo, nasceu em São Paulo em 1902. Filho de imigrantes espanhóis, foi também jogador de futebol nos clubes Corinthians e Ypiranga e, somente em 1934, tornou-se pintor. Na década de 30, Rebolo desemhou o símbolo do Corinthians.
Argentino da província de Lanús, Hector Julio Paride Bernabó, que o Brasil conhece simplesmente como Carybé (1911-1997), correu o mundo antes de assentar praça na Cidade da Bahia. Tornou-se o argentino mais baiano do mundo. Em 1961, foi homenageado com sala especial na 6ª Bienal de São Paulo. Em 1952, Carybé fez o storyboard do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto.

10, 9, 8...

Contagem regressiva.

Clarice


"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro"
Clarice Lispector
1920 - 9 de dezembro de 1977.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ser igual é legal


Às vezes é bom ser morno
Às vezes é bom ser médio
Por vezes só o contorno
Por vezes só pra remédio
Ter tudo é ter tão pouco
É louco prá cachorro
Às vezes quase morro
De tanto querer viver

Gente não precisa ser
Sempre original
Ser igual é legal

Quem é o tal do maior
Quem é o tal do menor
Que importância isso tem
Você é Deus também
A existência é sábia
Então faça-se o fácil
Pra que ser complicado
Ser simples é tão bom

Gente não precisa ser
Sempre original
Ser igual é legal

Meio é melhor que inteiro
Último nem primeiro
Se é tão bom assim
Prá que chegar ao fim
E ser o supra-sumo
O rei do universo
Pra que ser tão bacana
Tão intelectual

Gente não precisa ser
Sempre original
Ser igual é legal

(Carlos Careqa e Adriano Sátiro tocando no rádio do carro)





































Sobrevivi

Ponto.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Quero minha casa

Uma dor de cabeça insuportável. Logo eu, que nem aspirina tenho. Que não tomo nem sal de fruta em dia de ressaca. Fui me arrastando pra enfermaria depois do jantar (uma sopa de couve flor e meia fatia de tomate) e disse o que estava acontecendo. Curiosamente, o médico já tinha deixado uma receita . A enfermeira, sarcástica, disse: "é resultado das porcarias que se come na cidade. O organismo acostuma e sente falta". Falta é pouco. Rô, Marco, um sonho de valsa, urgente!!!

ps.1 : sim, eles desligam a conexão de tempos em tempos e definitivamente às 21h30, no toque de recolher.

ps.2: que coisa horrível aconteceu com o Bortolotto. Que ele saia bem dessa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Silêncio

Disseram que não pegava celular e que não tinha internet. Não é tão grave assim. Mas algumas coisas são verdadeiras. O "toque de recolher" acontece às 21h30. Já se passaram cinco minutos e a rede ainda não caiu, nem a luz foi cortada, então acho que está tudo ok. Lá fora não se escuta mais nada além do silêncio, mas antes teve um bingo divertido e depois uma rodada de chá, dessa vez com mel, quase uma prêmio pelo dia. O mel é um nectar. Não há sal nas comidas e as pessoas brincam que o tempero deveria ser o prêmio do bingo, já que vale muito no "mercado negro". Garantem que esse mercado não existe. Ninguém revista as bolsas, como disseram, mas há o consenso de não entrar por aqui comidas e bebidas que não sejam produzidas na casa. Mas eu vi um menino de seus 20 anos roubar um pedaço de sonho que uma hóspede de primeira viagem tinha na bolsa. Quem já esteve por aqui antes (entrevistei uma mulher que já veio 17 vezes) jura que as pessoas respeitam as regras. Não há tv nem telefone no quarto, mas é possível usar o celular em locais restritos. No jantar, às 18 horas pontualmente, servem comidas de acordo com a dieta de cada um. Não tenho nenhum restrição e confesso que o pouco que servem é demais pra mim. Por isso, cedi uma das minhas tortinhas de ricota para o marido da minha amiga jornalista, que entrou de gaiato nessa. Mas vi os olhares reprovadores das pessoas ao lado quando deixei de comer toda a fatia de pão integral. Agora é melhor apagar a luz. O dia amanhã começa às 6, com uma caminhada de 10 quilômetros. Sim, a isso sobrevivo... mas bem que podia ter uma tacinha de malbec...

Contagem regressiva

Falta uma semaninha pras minhas férias, mas antes uma parada estratégica para uma matéria especial aqui. Tudo bem, às vezes fica fácil ganhar o pão... Até segunda.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Hoje acordei cinematográfica

Adoro ver nos filmes as pessoas tomando café em copo descartável. Tudo bem que paguei 5 pila num café com leite do Frans a caminho do trabalho. Queria me sentir um pouco estrela (e me recuperar da noite de insônia). Mas não precisava ser num filme de comédia. Derramei café na blusa branca, fui lavar a manchinha e molhei a blusa toda. Como sair do banheiro numa situação dessa? Um moleton de um colega resolver a situação temporariamente, mas precisa? Bem, de qualquer forma, bom dia... Acho.

Insônia


A geladeira é nova... mas faz um barulho insuportável durante a noite.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Epitáfio

Barcos ou não
ardem na tarde.

No ardor do verão
todo rumor é ave.

Voa coração.
Ou então, arde.

Eugénio de Andrade

Cão-da-pradaria

Helena está lendo tudo. Passa o dia lendo de placas na rua até rótulos de produtos na mesa do café. Na hora de dormir, escolhe um livro para ler sozinha. O preferido da vez é uma enciclopédia de bichos que nós temos. Nos divertimos com os animais esquisitos e com aqueles que não conhecemos. Até o cão-da-pradaria, que nunca ouvimos falar. Mas a menina dúvida da existência do bichinho. "Né, mãe, que não existe cão na padaria?"

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Achei!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

De novo


Não é a primeira vez que vejo a intolerância descabida no trânsito e o quanto as pessoas
se trans-
formam.
Como aquele desenho antigo do Pateta em que ele é bem bonzinho, mas vira um monstro quando segura o volante. Voltando de uma matéria de rua, no carro da Folha, no trânsito da Visconde de Guarapuava, um motoqueiro esbarrou no espelho do carro da frente. Não fez nada no carro, mas o motorista ficou nervoso e desceu ameaçando o motoqueiro, que fugiu. No cruzamento da esquina, o motoqueiro estava parado com um paralelepípedo na mão e atirou no carro. Bem na nossa frente. O motorista deu ré e iniciou um perseguição violenta ao motoqueiro. Não sei como, conseguiu alcançá-lo e o prensou contra a grade de um prédio. Horrível. Ninguém se machucou, mas precisa? E logo hoje que eu estava naquele humor porque um idiota na garagem me fez bater o carro. Mas eu não o persegui. E nem fiquei com pedras na mão. Acho.

Detalhe


Eu aprendi com a Mary, lá de BH. Uma dica simples e deliciosa que hoje coloquei em prática: processar o manjericão com a batata para dar charme e um gostinho irresistível ao purê.

Segunda-feira


Trabalha-
dores braçais que me perdoem, mas tem dias que não é fácil ganhar o pão.

Escambo fashion

Não tem foto do escambo porque a gente esquece de tirar. Se envolve desde quando chega até quando alguém avisa que é hora de ir embora, ou tem que ir buscar a filha na casa da amiguinha. O engraçado é que a gente começou isso sem pretensão, porque já fazíamos entre nós e cada uma de nós já fazia entre a família e amigos. E na quinta edição, mesmo com a chuvarada de sábado, foi bastante gente bacana. Fizemos ótimas trocas, demos entrevistas, rimos, cortamos, criticamos. Ano que vem tem mais. Porque esse ano - ufa- já tá quase.

sábado, 28 de novembro de 2009

Tempo, tempo

Eu já tinha visto este texto no Beto há um tempão e sempre que lembrava ficava fuçando no blog dele pra tentar resgatar. Sem sucesso. Hoje ele postou de novo e não resisti à tentação de roubar (honestamente). É que tenho uma história curiosa com o Jamil Snege. Ele foi um dos primeiros (grandes) caras que entrevistei no começo de carreira. Diferente de hoje, quando termino tudo em 30 minutos, fiquei umas 3 horas na agência dele. Conversamos sobre todas as coisas do mundo sem medo do tempo. No final, ele me presenteou com todos os livros dele publicados até então (era década de 90, ainda, mas isso é detalhe demais). Todos autografados. Exibo na estante, com graça e orgulho, todos eles. Por isso, ó:

Para onde vão os rostos que amamos

Para onde vai o canto, depois que os lábios se fecham?
Para onde vai a prece, depois que o coração silencia?
E os rostos que amamos para onde vão, Senhor, depois que nossas pupilas se transformam em gotas de lama?
Ontem vi uma andorinha que devia ter uns cinco milhões de anos.
Será que eu também sobreviverei ao que restar de mim?

(Jamil Snege)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Não dá mais pra enganar

Antes de dormir é hora da história. Eu conto, mas não posso mais burlar o tamanho dos livros e resumir o assunto. Ela logo pergunta: "Por que você lê coisas que não estão escritas?"

Renas


Eu não concordo com uma festa para marcar a chegada do Papai Noel na cidade, em que o velhinho chega às 22 horas num ônibus conduzido por um piloto de corrida e é recepcionado por adultos. Ainda assim, o Borges, lá da Folha, conseguiu fazer umas imagens lindas do evento.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Escambo!!!




Família

Mas não é só por isso que gosto dele . É que ele tem uns livros e discos que ando de olho...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Freud explica


No primeiro dia de terapia, a menina deu um baile. Disse que sabia fazer uma coleção de bocas. Pegou papel e caneta e começou a desenhar dezenas delas, das mais lindas e perfeitas, com dentes lábios e contornos. Mas não respondia a nada que perguntavam. Então, quando questionada sobre de quem eram aquelas boquinhas e boconas, começou a escrever ao lado delas a quem elas pertenciam. Não contente, rabiscou uma flechinha em cada uma delas e escreveu o que cada uma dizia. Coisinhas tão lindas e delicadas que faz a gente lembrar que as respostas estão dentro da gente. Mesmo que a gente esteja aprendendo as letras ou que o grafite acabe.

Riscos


A flor de alcachofra é tão linda! Só vi uma ao vivo recentemente. Mas descobri que ela só pode ser vista se alguém ignora a comida. Quando a flor desabrocha, a iguaria não pode mais ser devorada.

sábado, 21 de novembro de 2009

Esperando...




Lembrete

"O que não vira palavra, vira sintoma"

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Fita k7


Quebrante

Meu carro quebrou. Como descobri? Não estava conseguindo acelerar. Qualquer semelhança com a vida real não terá sido mera coincidência.

Band aid


Tem dias que eu só queria um band aid pra alma. Existe?

Ilusão


"As ilusões, dizia-me o meu amigo, talvez sejam em tão grande número quanto as relações dos homens entre si ou entre os homens e as coisas. E, quando a ilusão desaparece, ou seja, quando vemos o ser ou o fato tal como existe fora de nós, experimentamos um sentimento bizarro, metade dele complicada pela lástima da fantasia desaparecida, metade pela surpresa agradável diante da novidade, diante do fato real".
Charles Baudelaire, in 'Pequenos Poemas em Prosa'

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Liniers de hoje


Egoísmo


A Adélia disse que eu não sei lidar com a morte. Quando a mãe dela morreu, a Helena era um bebezinho. Eu chorava tanto, inconformada pelo sofrimento da Adélia e por Helena não poder conhecer aquela pessoa tão especial quando crescesse. Ela passou algumas tardes comigo quando eu estava grávida e eu ligava sempre que podia. Me ajudou a podar o pessegueiro e as rosas de uma casa e vida que ficaram para trás. Com o tempo, a lembrança foi ficando boa, mas a indignação não. Na semana passada, a mãe da Rô "virou uma estrelinha". Eu liguei pra Adélia pra dizer que sou uma péssima amiga. Não conseguia confortar a Rô. Chorava, lembrando dos cafés em família, da abóbora com camarão, das viagens pra Santa Catarina num passado distante. E fiquei triste porque a Alice, a linda filhota da Rô, não vai conhecer aquela pessoa tão especial, que preparava os melhores cafés da tarde do mundo. E também porque nos últimos anos eu fiquei distante. Uma lembrança. Ontem, minha irmã me contou que nossa tia está morrendo. Deu um nó no peito porque nos últimos anos eu não consegui falar muito com ela, mas tínhamos os nossos segredos. Eu ligava lá para o Nordeste quando a coisa apertava aqui. O marido dela, que também virou estrela, foi quem me deu os livros do Fernando Pessoa, quando eu tinha uns 13 anos. Ela cortou meu cabelo, preparava galinha à cabidela e falava palavrão como ninguém. Helena não vai conhecê-la, mas o riso dela vai ficar ecoando em mim. Espero que eu consiga rir assim um dia. No fundo, a gente tem que lembrar das coisas boas, acho, e seguir em frente. Sempre. Adélia tem razão. Eu não sei lidar com a morte.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dias bons


Quer começar um final de semana legal? Comece convidando a amiga que "conhece desde bebê" para dormir em casa e invente uma divertida festa do "esquisito de pijama". Durma a meia noite. Um (e) feito. Acorde no outro dia bem animada para comprar pão e frutas para um café da manhã saudável. Tome café com a amiga, brinque, vá patinar, ao cinema, sinta medo vendo filme de fantasmas, uma boa desculpa para ficar bem agarradnha com a mamãe. No dia seguinte, faça um pouco de manha. O suficiente para ouvir um bom sermão e aprender sobre as coisas da vida. Depois de um bom almoço, vá caminhar pelas ruas da cidade, encontre mais uma amiga por acaso e a convide para ir junto. Você vai ver Curitiba como ela é. A Praça das Ruínas abrigando um show de rock, o Largo da Ordem com roda de maracatu, O TUC com música sertaneja e a Praça Tiradentes, com as vitrines das calçadas mostrando pegadas de dinossauros (mesmo que seja mentira, são pegadinhas incríveis). Volte para casa para brincar de massinha. Isso é Curitiba. E uma diversidade que se constrói devagarinho. E é bom de viver.

domingo, 15 de novembro de 2009

Realeza


Da mostra "Mulheres Reais, as Modas e os Modos no Rio de Dom João VI", em cartaz até 22 de novembro, no Palácio das Artes, em BH. Uma bela exposição.

Ainda BH

Duas pessoas incríveis que encontrei em BH: Mari Guedes e Mary Design. Conheça um pouquinho da Mari na matéria aí embaixo (ou na Folha de domingo). O perfil da Mary sai no próximo domingo.

Perfil Folha

Uma gata que sabe voar

Mariana Guedes trocou Curitiba por Belo Horizonte e viu a moda tomar conta da sua vida. Depois de trabalhar com feras como o estilista Ronaldo Fraga, ela lança a própria marca

Era para ser mais um período de férias, mas, aos 19 anos, Mariana Guedes, paulistana radicada em Curitiba, decidiu fazer algo diferente. Enquanto a família ia para um lado, ela escolheu a distante e oposta cidade de Belo Horizonte para ficar até que as aulas do curso de Desenho Industrial, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, recomeçassem. A cidade foi escolhida aleatoriamente, como poucas decisões da jovem. No ano seguinte, ela decidiria transferir definitivamente a faculdade e começar o que seria uma longa jornada em território mineiro. Hoje, aos 27 anos, depois de acumular experiências em agências de publicidade e trabalhar com o ícone da moda mineira Ronaldo Fraga - um de seus ídolos - ela se prepara para alçar voo solo. Está lançando sua marca Gatos Pingados. Não se trata apenas de uma grife, mas de uma série de estamparias que foram pensadas metodicamente e baseadas na vida da criadora. Os ''gatos pingados'' são seis, cada um com estampas e ''personalidades'' diferentes. Os bichanos aparecem em camisetas infantis (mas os adultos já reclamam o seu quinhão) e produtos como aventais, mas também podem ser bichos de pelúcia muito peculiares. Como cada um tem uma estampa, os filhotes são mesclas dos desenhos e vão ganhar registros de nascimento e até uma comunidade virtual ''para que nenhum deles se perca por aí e seus parentes sempre saibam do seu paradeiro''. Nada por acaso. Mari tem seis irmãos, três por parte de mãe e dois por parte de pai. Foram eles, Lua, 28 anos; Tui, 24; Davi, 13; Pedro, 12; e Júlia, 6, que inspiraram a criação dos gatos. Um sonhador, um brincalhão, um que gosta de explorar o jardim, outro que explora o mundo, um gato que gosta de cozinhar e outro que é um verdadeiro ''gato'' de biblioteca. Os irmãos que inspiraram a criação dos bichos moram cada um em um lugar - na Argentina, em São Paulo e Curitiba, apenas Mariana está radicada agora em Belo Horizonte. A temporada mineira teve intervalos - como um período de três meses na Itália, para estudar e pesquisar tendências - mas foi em Minas que ela começou a flertar com a moda. ''Eu demorei para entender a moda comercialmente. Para mim, a moda sempre foi ligada à pesquisa, aos figurinos de teatro'', conta a designer. No primeiro ano na cidade, cursando Design Gráfico na Universidade Estadual de Minas Gerais, ela fez estágios e trabalhou em importantes agências locais, como a Domínio Público e a Lápis Raro, além de desenvolver trabalhos curiosos. Participou, por exemplo, da criação da identidade visual para atletas de esportes radicais. Foi assim, meio por acaso, que a moda foi tomando conta da vida da jovem que passou a infância e a adolescência no Paraná. O trabalho era mesclado com os estudos, e os trabalhos acadêmicos sempre se voltavam para uma pessoa: o estilista Ronaldo Fraga. Até que surgiu, por intermédio de uma professora, a possibilidade de ela fazer um estágio com o estilista. Pouco tempo depois, Mariana foi contratada e trabalhou duas coleções com o mestre, desenvolvendo estampas e participando de todo o trabalho de criação. Depois disso, Mari seguiu para Itália, e no trajeto de volta trouxe na bagagem o desejo de montar a própria grife. Este ano, pediu demissão na agência que estava trabalhando e agora está se dedicando exclusivamente aos gatos. Lançou um blog (http://www.gatospingados.com/blog/) para falar mais sobre o tema e começar a vender virtualmente os produtos. Até o final do mês, deve entrar no ar o site que vai reunir todos as peças da marca e a comunidade virtual que vai registrar e acompanhar o movimento dos gatos de pelúcia. Medo de tanta mudança? Mari diz não ter. Confessa, aliás, apenas um medo: o de avião. Mas de voar, a moça não tem. Sabe alçar voos longos e seguros.

Katia Michelle
Equipe da Folha

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009




terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eterno retorno

Fui pagar uma conta no shopping antes de pegar a menina na escola. Queria aproveitar os 15 minutos grátis do estacionamento e me livrar logo do problema. Calculei direitinho o tempo, só não contava que ia perder o cartão do estacionamento. Tive que preencher uma ficha enooorme provando que eu era eu de verdade. Tinha que apresentar a identidade, mas tinha ficado na bolsa da viagem. Então era só apresentar o documento do carro, mas eu me lembrei de ter guardado bem direitinho na estante de casa antes de viajar. Antes de chorar, resolvi fazer uma onda pros vigilantes que já me olhavam com cara de que iam me prender e ir para o carro fingir que pegava o documento. O cartão do estacionamento tava lá, reluzindo no banco do passageiro. Daí eu chorei mesmo, mas deu tempo de chegar na escola no horário. Enfim, de volta pra vida real. Olá pra você também.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Escutei por aí

"Ela fala coisas sem nenhum anexo".

(he he he)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O tempo é uma lagoa

Não tá dando tempo de fazer nada aqui em BH que não seja trabalho. O local dos desfiles é longe do hotel, na Lagoa dos Ingleses (nessa da foto de ontem aqui do lado, registrada por mim). Demoramos uma hora pra chegar até lá. "Perdemos" uma hora alguns dizem. Eu vou até lá olhando pela janela da van, único jeito que encontrei de conhecer um pouco a cidade. Ainda não fui ao mercado. Ainda não comi pão de queijo e nem doce de leite. Fui na Bonomi, dica de um "anônimo" aqui do Blog porque uma entrevista coincidiu de ser lá. É uma graça. Mas não tomei vinho e nem almocei porque o tempo corria. O tempo devia parar, às vezes, pra gente olhar a lagoa. Essa aí é artificial. Mas quem saberia? O tempo é uma lagoa.

Boneca de papel


O convite do desfile de Ronaldo Fraga, em formato de boneca de papel. Tão linda quanto à frase da camiseta assinada por ele: "Se eu fosse um pássaro eu seria ser um urubu porque ninguém nunca ia me prender na gaiola".

Peixe nada


Uma bolsinha /carteira de couro, em formato de peixe, garimpada por vinte pila em um brechó charmoso chamado Brilhantina. A moça que atendia, claro, tinha um sotaque mineiro delicioso. E o "trem" que levei é muito fofo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Desfile

O que é um ponto vermelho no meio da multidão? É a Elke Maravilha assistindo ao desfile de abertura do Minas Trend.

BH


Não é muito bonita a vista da janela do hotel. É só uma cidade. Mas eu ainda fico olhando aquele morro lá atrás e achando que além do horizonte existe um lugar.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Com indiferença


E por fim a manhã talvez comece
debaixo duma pedra
ou da noite escorra sobre as primeiras
violetas ou as últimas que sei eu.

Embora seja inverno desde há muito
a vocação das folhas é ser ave
ou música quando no vento
arde o coração da cal.

Ou o meu ou o meu.

(Eugénio de Andrade)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Maitena do dia


Culpa


"Como a senhora sabe, de uns tempos para cá, ninguém é culpado de nada. Considerar alguém culpado de alguma coisa é horrivelmente incorreto, desde o momento glorioso em que a psicanálise e a sociologia invadiram os botequins. Agora todo mundo é vítima, ora das circunstâncias sociais, ora dos traumas psíquicos. Ninguém é mau caráter, mentiroso, preguiçoso, violento, vigarista, etc., é todo mundo vítima de alguma coisa. Culpar alguém não está com nada."
João Ubaldo Ribeiro

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Requião no resto do País

Do blog http://blogs.band.com.br/barbaragancia/

Requeijão intragável

"Algumas pessoas, a gente ama odiar. Muitos adoram odiar o Maluf, mas já que ele me tomou como um de seus alvos preferenciais, eu não posso me dar a esse luxo.
No sentimento que nutro por Maluf, não cabe afeto de qualquer espécie.
Já o Roberto Requião, que está lá longe, no Paraná, para mim é o que Maluf é para a maioria.
Odiá-lo é motivo de regozijo.
Sujeito truculentão, sempre metido em coisa que não me cheira bem, com aliados a quem eu não confiaria meu cão e personal trainer, Pacheco Pafúncio, para dar uma volta no quarteirão e, ainda por cima, membro de um partido que me revira o estômago.
Requião vive dizendo grosserias estrombólicas e a gente sempre se pergunta por que ele não engoliu o punhado de mamonas que colocou na boca naquele encontro com Lula.
Nesta semana, o governador pemedebista afirmou diante das câmeras que o câncer de mama em homens deve ser “consequência de passeatas gay”.
Pela graça de Deus, a platéia reunida diante do governador não deu um pio. Ninguém, mas ninguém mesmo, achou a menor graça.
Quem deve ter achado menos graça ainda são os homens com câncer de mama, que foram agredidos e estigmatizados gratuitamente, mesmo que a doença nada tenha a ver com sexualidade.
Só espero que o olhar de reprovação que a Fátima Bernardes lançou assim que leu a notícia sobre a gafe do governador, tenha lhe tirado um belo punhado de votos."

Silêncio

Não tenho mais escutado música no carro. Medo de acordar alguém aqui dentro...

Coco Chanel


É daqueles filmes sob encomenda para causar polêmica. A começar pelo cartaz do longa. A foto traz uma imagem da atriz Audrey Tautou (que obviamente vive a protagonista no longa francês) com um cigarro na mão. Em várias praças (França, EUA e Brasil incluídas), o cigarro foi substituído por uma .... caneta. Só um detalhe. Já a história pode até agradar mais a quem tem alguma referência da estilista (como em uma cena em que ela vê os marinheiros na praia e a câmera faz um close nas listras das camisas que eles usam. Ela abusaria das listras mais tarde, em sua produção, mas não há remissão no filme). De qualquer forma, é preciso esforço para gostar. Tem vários lados da história que deixaram de ser comentados no filme e que passam longe da moda: como a colaboração de Coco com os nazistas e o modo pouco heróico com que ela fez sua fortuna depois de ter saído de um orfanato, cantado em boates e vivido com um amante pouco afeito à realidade. A diretora Anne Fontaine pode ter romanceado demais a personagem e isso não é exatamente um elogio. Pegou a parte mais digerível da história - a que Coco teria criado o clássico "pretinho básico" em luto pela morte do amado - e focou o longa nisso, como se a vida da estilista que nunca se casou se baseasse em "antes" e "depois" de uma única paixão. Eu não estava lá para saber. Mas parece tão pouco...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A história sem fim


"A História sem fim" é a nova febre aqui em casa. Helena não quer nem tirar o DVD do aparelho, com medo de esquecer em algum lugar. Ela, encantada com o dragão com "carinha de cachorro" e as interressantes criaturas do filme. Eu, impressionada com o "Nada" que está destruindo todos os seres de "Fantasia". Qualquer semelhança com o (meu) mundo real não terá sido mera coincidência.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Para o final de semana

O livro tem na Bisbilhoteca

As voltas que o mundo dá

Eu já sabia que queria fazer jornalismo e também que queria ficar sozinha num lugar bem longe (meus desejos não mudaram desde então, a diferença é que agora quero ficar com Helena, num lugar bem longe). Foi então que decidi: iria fazer vestibular em Belo Horizonte. Isso foi antes dos meus 20. Eu nem conhecia Minas Gerais, mas me deu na louca e eu decidi, quase como colocar um alfinete no atlas. Aí eu entrei na Fap e em seguida comecei jornalismo por aqui mesmo. Tudo foi ficando bem enrolado e BH um lugar cada vez mais distante. Essa semana recebi um convite para cobrir um evento muito bacana lá. Lembrei disso tudo e da minha relação secreta com a cidade que eu quase escolhi pra viver. Que bom que pude aceitar. Falta um pouco pra ir, mas já estou ansiosa.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Insônia

Os olhos dela estavam borrados de silêncio e ela não conseguia dormir. Levantou-SE esbarrando com o inevitável do espelho. Negro. Dentro e embaixo deles. Os olhos dela estavam borrados. A vida dela, um pouco.

Aparências enganam


Tentei fotografar. O gosto ficou melhor que a aparência, juro!

Paladar


Tinha comprado esse arroz há um tempão pela embalagem bonitinha e pelos valores agregados (quinua e linhaça, além dos grãos integrais). Resolvi fazer para acompanhar o franguinho caipira ao molho de vinho, comidinha de domingo. Puro ficou bom, mas esses dias inventei uma fórmula mágica e rápida para preparar, desde que ele esteja prontinho na geladeira. É só ralar uma abobrinha branca e refogar na manteiga com alho desidratado (porque nem sempre há tempo e vontade de descascar alhos frescos), picar delicados pedacinhos de espinafre, vinho branco se tiver (eu não tinha), acrescentar o arroz sete cereais + quinua e linhaça, misturar bem. Por último, creme de leite fresco para melecar (mas não tem necessidade, se quiser ser mais saudável). Servir com um mix de pimenta ralada na hora. Fica uma delícia. Mas eu sou suspeita. Tava com fome.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Brett Domino

Mafalda do dia


Porque tem gente que só incomoda.