sábado, 28 de novembro de 2009

Tempo, tempo

Eu já tinha visto este texto no Beto há um tempão e sempre que lembrava ficava fuçando no blog dele pra tentar resgatar. Sem sucesso. Hoje ele postou de novo e não resisti à tentação de roubar (honestamente). É que tenho uma história curiosa com o Jamil Snege. Ele foi um dos primeiros (grandes) caras que entrevistei no começo de carreira. Diferente de hoje, quando termino tudo em 30 minutos, fiquei umas 3 horas na agência dele. Conversamos sobre todas as coisas do mundo sem medo do tempo. No final, ele me presenteou com todos os livros dele publicados até então (era década de 90, ainda, mas isso é detalhe demais). Todos autografados. Exibo na estante, com graça e orgulho, todos eles. Por isso, ó:

Para onde vão os rostos que amamos

Para onde vai o canto, depois que os lábios se fecham?
Para onde vai a prece, depois que o coração silencia?
E os rostos que amamos para onde vão, Senhor, depois que nossas pupilas se transformam em gotas de lama?
Ontem vi uma andorinha que devia ter uns cinco milhões de anos.
Será que eu também sobreviverei ao que restar de mim?

(Jamil Snege)

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